Até bem pouco tempo atrás, ter conhecimentos técnicos atualizados era suficiente para ser um profissional liberal bem sucedido. Bastava ter frequentado uma boa faculdade, manter-se atualizado com cursos de pós-graduação e preservar como um bem precioso, todas as informações técnicas adquiridas. O prestigio era apenas uma questão de tempo, e dependia menos de aspectos pessoais do profissional.
Hoje a informação se socializou. O acesso a tecnologia, além de rápido e fácil, é disponível a todos, profissionais e clientes/pacientes. Desta forma, apenas ter conhecimento não garante o sucesso profissional. O que faz a diferença é a agilidade com que processamos todo esse conhecimento e, sobretudo a forma como expressamos/apresentamos o nosso ponto de vista a respeito desse conhecimento disponível.
No caso do profissional liberal, o momento do contato interpessoal com o cliente/paciente passa a ter um valor enorme. É nesse momento que se pode construir uma imagem pessoal e profissional positiva, que se pode transmitir credibilidade e estabelecer uma relação de confiança. Em outras palavras, é nesse momento que temos que ter habilidade comunicativa para apresentar a nossa proposta de abordagem e convencer o cliente/paciente que ele fez a melhor escolha.
Nesse sentido a comunicação humana, ferramenta tão antiga e tão importante, torna-se fundamental no relacionamento profissional x cliente/paciente. Uma comunicação eficiente permite mudar o pensamento e o comportamento dos nossos clientes/pacientes. Algumas regrinhas simples podem auxiliá-lo nesse momento:
- Olhe nos olhos do seu interlocutor enquanto fala: Isso favorece a abertura de outros canais comunicativos, pois transmite segurança e facilita a empatia.
- Cuide do tom de voz: Encontrar a sintonia ideal de voz é a chave para tocarmos nossos clientes/pacientes. E esse “toque” deve ser firme, mas não invasivo. Fique atento, pois alguns tipos de vozes podem ter um impacto positivo e outros, negativo. Vozes graves, por exemplo, costumam transmitir seriedade, compromisso, conhecimento e segurança. Já as vozes agudas são frequentemente relacionadas a infantilidade, imaturidade e despreparo. Vozes muito fortes podem intimidar o cliente/paciente, mas vozes fracas demais podem transmitir insegurança . Falar lento demais pode gerar desinteresse e falar rápido demais pode transmitir excessiva ansiedade. Procure ouvir-se de maneira criteriosa, avalie o impacto que sua voz tem causado em seus interlocutores e encontre o tom que lhe parece o mais confortável e natural .
- Articule bem as palavras: A dicção tende a ficar mais travada sob stress ou ansiedade. Isso pode criar um impacto negativo. Antes de falar, abra e feche a boca vigorosamente, procurando alongar bem a musculatura labial e facial. Faça movimentos rotatórios com a língua em volta dos dentes, de modo a alongar também os grupos musculares da língua. Quando começar a falar, lembre-se que para que as palavras possam projetar-se para o ambiente, é preciso que a boca libere espaço para que isso aconteça. Portanto, aproveite a movimentação naturalmente necessária para a produção de cada som da fala, para abrir espaço para que as palavras saiam da sua boca bem articuladas.
E lembre-se: o dom natural e inato da comunicação é privilegio de poucos. A grande maioria dos bons comunicadores precisou se expor, se exercitar e treinar muito, até atingir um padrão de comunicação eficiente. Isso requer esforço e dedicação, mas os resultados compensam!
Consulte um fonoaudiólogo especialista em comunicação pessoal e profissional ele poderá lhe ajudar a obter um bom padrão de comunicação em menos tempo do que você imagina.
Afinal, ter uma boa comunicação potencializa todas as nossas outras competências.
Fonte: email enviado em 26/06/2010 pela Professora Dra. Maria Aparecida Bernardo Cavalcanti Coelho